terça-feira, 1 de maio de 2007


"Como é possível que ainda haja, no nosso tempo, quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado dos cuidados médicos mais elementares, quem não tenha uma casa onde se abrigar? E o cenário da pobreza poderá ampriar-se indefinidamente, se às antigas pobrezas acrescentarmos as novas que freqüentemente atingem mesmo os ambientes e categorias dotados de recursos econômicos, mais sujeitos ao desespero da falta de sentido, à tentação da droga, à solidão na velhice ou na doença, à marginalização ou à discriminação social (...) E como ficar indiferente diante das perspectivas dum desequilíbrio ecológico, que torna inabitáveis e hostis ao homem vastas áreas do planeta? Ou em face dos problemas da paz freqüentemente ameaçada com o íncubo de guerras catastróficas? Ou perante o vilipêndio dos Direitos Humanos fundamentais de tantas pessoas, especialmente das crianças." (João Paulo II, Carta Apost. Novo millennio ineunte, 50-51:AAS 94 (2001)303-304 in Compêndio da Doutrina Social da Igreja. Paulinas:São Paulo. 2005. p. 18-19)

Um comentário:

Francisco E. Surian disse...

"A sede de inovações, que há muito tempo se apoderou das sociedades e as tem numa agitação febril, devia, tarde ou cedo, passar das regiões da política para a esfera vizinha da economia social. Efectivamente, os progressos incessantes da indústria, os novos caminhos em que entraram as artes, a alteração das relações entre os operários e os patrões, a influência da riqueza nas mãos dum pequeno número ao lado da indigência da multidão, a opinião enfim mais avantajada que os operários formam de si mesmos e a sua união mais compacta, tudo isto, sem falar da corrupção dos costumes, deu em resultado final um temível conflito." (http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum_po.html)