domingo, 21 de setembro de 2008

Panamá: Bento XVI pede aos bispos que difundam Doutrina Social da Igrej

Bento XVI Recebeu os prelados hoje (19/9/2008) em visita «ad limina»  

CASTEL GANDOLFO, sexta-feira, 19 de setembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI pediu hoje aos bispos panamenhos, a quem recebeu na residência pontifícia de Castel Gandolfo por ocasião da visita qüinqüenal «ad limina», que iluminem com os princípios da doutrina cristã a situação que atualmente este país caribenho atravessa.

«Em seu país, como em outros lugares, estão vivendo momentos árduos», explicou Bento XVI, e acrescentou que por isso «é particularmente urgente que a Igreja no Panamá não deixe de oferecer luzes que contribuam para a solução dos diligentes problemas humanos existentes, promovendo um consenso moral da sociedade sobre os valores fundamentais.»

Neste sentido, o pontífice lhes pediu que «divulguem o Compêndio da Doutrina Social da Igreja, que facilita um conhecimento mais profundo e sistemático das orientações eclesiais que particularmente os leigos devem assumir no campo político, social e econômico».

O Papa assinalou como problemas «diligentes» do país «a pobreza, a violência juvenil, as carências educativas, de saúde e de moradia, o surgimento de inumeráveis seitas e a corrupção, que perturbam sua vida e impedem seu desenvolvimento integral».

Também insistiu na importância da evangelização, dada a «crescente secularização da sociedade, como uma configuração do mundo e da humanidade à margem da transcendência, que invade todos os aspectos da vida diária».

Esta secularização, adverte o Papa, «desenvolve uma mentalidade na qual Deus de fato está ausente da existência e da consciência humana e se serve com freqüência dos meios de comunicação social para difundir o individualismo, o hedonismo e as ideologias e costumes que minam os próprios fundamentos do matrimônio, da família e da moral cristã».

Mostrou sua preocupação especialmente pelas famílias, que vivem «o ideal cristão em meio a muitas dificuldades, que ameaçam a solidez do amor conjugal, a paternidade responsável e a harmonia e estabilidade dos lares».

«Nunca serão suficientes os esforços realizados para desenvolver uma pastoral familiar vigorosa», acrescentou.

Também falou da importância da pastoral juvenil vocacional, para que «não faltem sacerdotes que levem os panamenhos a Cristo, fonte de vida em abundância para quem se encontra com Ele».

Neste tema, acrescentou o Papa, «é essencial também um correto discernimento dos candidatos ao presbiterado, assim como o zelo apostólico e o testemunho de comunhão e fraternidade dos sacerdotes».

«Este estilo de vida deve ser cultivado desde o seminário, no qual é preciso priorizar uma séria disciplina acadêmica, espaços e tempos de oração diária, a digna celebração da liturgia, uma adequada direção espiritual e o cultivo intenso das virtudes humanas, cristãs e sacerdotais. Desta maneira, orando e estudando, os seminaristas podem construir neles o homem de Deus que os fiéis têm direito de ver em seus ministros», explicou.

Dos mais de 3,3 milhões de habitantes do Panamá, cerca de 85% são católicos   (ZENIT,O mundo visto de Roma, Serviço diario - 19 de setembro de 2008)