ROMA - Líderes mundiais reunidos em uma cúpula sobre segurança alimentar em Roma aprovaram nesta segunda-feira, 16, uma nova estratégia para combater a fome global e ajudar os países pobres a alimentar suas populações, mas não definiram uma meta para a erradicação da fome nem se comprometeram com os recursos almejados pela agência da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A cúpula aprovou sua declaração final logo nas primeiras horas de reunião, em uma demonstração de consenso. Os países se comprometeram a aumentar substancialmente sua ajuda à agricultura para que as nações pobres, que reúnem cerca de 1 bilhão de famintos, possam se tornar autossuficientes.
Porém a reunião não chegou a um acordo sobre a destinação dos 44 bilhões de dólares por ano para apoio agrícola que a FAO diz ser necessário. A agência também pediu que os países adotem o ano de 2025 como meta para a erradicação da fome, mas a declaração final não incluiu este objetivo.
Um acordo em Copenhague no próximo mês sobre mudanças climáticas foi considerado "crucial" pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o enfrentamento da fome, já que o aumento de temperatura ameaça a produção de alimentos nos países pobres. "Não pode haver segurança alimentar sem segurança climática", afirmou Ki-moon.
Segundo a FAO, África, Ásia e América Latina podem ver seu potencial de produtividade agrícola cair de 20% a 40% caso as temperaturas médias subirem mais de 2 graus Celsius. O maior impacto deve ocorrer na África subsaariana, onde a agricultura depende basicamente da chuva. (http://www.estadao.com.br)
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