O Papa Leão XIII, com a Encíclica Rerum Novarum, deu início a uma série de documentos, hoje reconhecidos como base da Doutrina Social da Igreja. Ler, refletir e colocar em prática a mensagem destes documentos, mais do que uma obrigação, passa a ser um imperativo da nossa fé cristã.
terça-feira, 2 de agosto de 2016
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Uma Igreja comprometida com a vida¹
“Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, me chamam de ‘comunista’” (Dom Hélder Câmara)
A Doutrina Social da Igreja reúne alguns dos ensinamentos mais marcantes da Igreja Católica. Sua pertinência e atualidade desafiam o comodismo e qualquer possível leitura superficial do Evangelho.
Onde há vida, há Evangelho. Os contextos social, econômico, político, ecológico, além de fenômenos como o da globalização são sementeiras para a presença do cristão. Nesses espaços, ou hiatos da vida humana, o cristão é chamado a ser profeta da vida. Movido pelo Evangelho, e incentivado pela justiça do Reino de Deus, deve ser presença qualitativa para a transformação do mundo.
Consciente da importância da Doutrina Social da Igreja (DSI), o Pontifício Conselho ‘Justiça e Paz’ lançou em abril de 2004 o Compêndio da Doutrina Social da Igreja. O livro está nas melhores editoras católicas, e disponível na internet (http://www.vatican.va/roman_curia/pontifical_councils/justpeace/documents/rc_pc_justpeace_doc_20060526_compendio-dott-soc_po.html). Este deveria ser um texto de cabeceira do cristão. Seu conteúdo será a base para esta Coluna que iniciamos com muita alegria, nesta nova configuração do Jornal Presença Diocesana.
São João Paulo II afirmou em sua Encíclica Sollitudo Rei Socialis (1988) que “o ensino e a difusão da Doutrina Social fazem parte da missão evangelizadora da Igreja” (ver Compêndio DSI §7).
A Doutrina Social será de extrema importância para este momento profético e missionário de uma ‘Igreja em saída’, como nos pede o Papa Francisco. Diante de um mundo conturbado pelos interesses do lucro sem limites (ver Laudato Si §195) a DSI pode ser uma luz para iluminar o caminho e conduzir a vida para a sua dignidade: a dignidade de termos sido criados à imagem e semelhança de Deus.
(¹ Publicado no Jornal Presença Diocesana nº 169 - Setembro de 2015 - pg 9)
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